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Gastronomia

Pratos típicos: capão (galo) à moda de Freamunde, cabrito assado, cozido, pão-de-ló, doces brancos e Chá Três.
Sempre a 13 de Dezembro de cada ano, a feira única do género no país, atrai inúmeros forasteiros a Freamunde que, devido à devoção a Santa Luzia, advogada da visão, cuja imagem se encontra na capela de Santo António e que nesse dia a veneram.

Capão
(do latim “capone”)
Galo castrado que se engorda para comer

A origem do acto da capadura remonta aos tempos romanos, diz-se que por causa da perda de sono do Imperador que devido aos cantares dos galos, criou uma lei que impedia a sua existência. Os apreciadores e criadores destas aves conseguem-na ultrapassar castrando o animal que deixa de cantar, de ter porte de “rei da capoeira” para se transformar no “Manjar dos Reis”, assim já o refere Gil Vicente nas suas obras.
Além de diversos documentos atestarem a existência da Feira dos Capões na Vila de Freamunde, Paços de Ferreira, desde o séc. XV, a sua institucionalização oficial só se fez por provisão do Rei D. João V, em 3 de Outubro de 1719.
De facto, um frango capado, embora se torne incapaz de se defender, de ter carcarejos e de ser assustadiço, criado em grandes extensões e alimentado à base de grão, torna-se avantajado e vistoso e a sua carne tenra e apetitosa que quando assado adquire um requintado e inigualável sabor.
A arte de capar é transmitida de geração em geração, onde nem todos conseguem valer, pois exige grande precisão, podendo por isso o galo tornar-se “rinchão” – galo mal capado – sendo a sua carne bem menos valiosa. Em defesa dessa qualidade foi criada a Associação de Criadores de Capão de Freamunde, com o objectivo de defender a sua autenticidade, mantendo para isso um espaço próprio no recinto da Feira.